Introdução – O peso invisível da infância
Você já percebeu que alguns comportamentos nos seus relacionamentos não têm tanto a ver com os homens que aparecem, mas com a menina que você foi?
É aquela sensação de precisar provar que é boa, de agradar demais, de temer abandono a ponto de se anular. Isso não é azar, nem falta de amor-próprio apenas: é eco de traumas antigos.
1. Máscaras que escondem a dor
- A boa menina: se esforça para agradar, prever reações e evitar rejeição. Mas quem você é por trás dessa obediência?
- A durona: mostra força, mas por dentro sente carência e solidão. É a defesa criada contra o abandono.
Essas máscaras parecem proteção, mas te afastam da intimidade real.
2. O ciclo da repetição
O trauma infantil, seja psicológico ou sexual, cria um corpo e uma mente em alerta. Sem perceber, você atrai parceiros que reforçam a ferida.
Você pode até pensar: “Esse cara não tem nada a ver com o passado”, mas a sensação de medo, vergonha ou vazio reaparece. É o corpo reconhecendo o padrão e tentando se proteger.
3. Quando o trauma fala mais alto
- Você tem medo de confiar, mesmo quando encontra alguém bom.
- Você sente ciúmes, desconfiança ou insegurança sem motivo claro.
- Você se entrega sexualmente buscando aprovação, mas depois fica com vazio.
Tudo isso é o trauma dizendo: “não se entregue, senão vai doer”.
4. A libertação começa na criança interior
A virada acontece quando você olha para a menina que foi silenciada e diz:
✨ “Eu estou aqui. Eu vou te proteger agora.”
Esse diálogo interno é o que inicia a ressignificação. Porque consciência sozinha não cura — é preciso acolher, validar e dar àquela criança o amor e a proteção que faltaram.
5. Exemplos reais de transformação
- Mulher 1: sempre atraía homens abusivos. Quando percebeu que o medo vinha do mesmo lugar da infância em que invadiam seu espaço, ganhou clareza. Hoje, estabelece limites e escolhe melhor.
- Mulher 2: usava o corpo para ser aceita, mas sentia vazio. Ao afirmar diariamente: “meu corpo, minhas regras, meu prazer”, quebrou a cadeia de validação externa.
Conclusão – Do trauma ao protagonismo
O trauma infantil pode sabotar relacionamentos saudáveis e manter você presa à insegurança. Mas quando você reconhece os sinais, ressignifica a dor e assume seu valor, você deixa de ser vítima inconsciente para se tornar protagonista.
Relacionamento, então, deixa de ser repetição de dor e passa a ser troca, prazer e segurança.
Porque no fundo, tudo é sobre identidade e poder pessoal: curar o passado para escolher um futuro diferente.